GT 01: Experiências sociais e estéticas no debate antropológico
Experiências sociais e estéticas no debate antropológico O homem, em sua capacidade de produzir cultura, cria e recria várias formas de manifestar-se culturalmente. As experiências sociais e estéticas – como a música, a dança, as festas, as brincadeiras, as produções artesanais – que são formas de expressão das diversas manifestações, são o objeto de estudo antropológico que permitem observarmos a invenção e reinvenção da cultura. O objetivo desse Grupo de Trabalho é reunir etnografias que tematizem as mais diversas práticas de manifestações culturais e proporcionar um debate antropológico que resulte em troca de experiências de campo, bem como troca de arcabouço teórico, contribuindo com reflexões antropológicas que pensam as manifestações culturais na contemporaneidade.
Coordenadoras:
Amalle Catarina Ribeiro Pereira
Licenciada em Letras Português (Uespi)
Mestrado: Antropologia e Arqueologia (UFPI);Professora formadora da EAD/UFPI
Paula Layane Pereira de Sousa
Bacharelado em Ciências sociais Mestrado em antropologia e arqueologia Professora da UESPI
GT 02: Webfeminismo
A internet vem proporcionando aos atores sociais uma ideia de liberdade em relação à s ideologias econômicas e polÃticas que permeiam as mÃdias consideradas mais tradicionais. Com a proliferação do acesso à rede, um dos fenômenos observados é a produção de conhecimentos e ativismos iniciados e alimentados na própria rede, num movimento contÃnuo entre pessoas de diferentes lugares e saberes. Os(as) cidadão(as) são produtores da notÃcia, criam eventos, performatizam ideias, corpos, lazer, numa polÃtica que deixa obsoleta a questão real/virtual. Já é possÃvel observar que a internet se tornou um dos principais veÃculos de atualização e criação de polÃticas de subversão ao gênero baseado no patriarcalismo, competindo com ideias nostálgicas sobre o mesmo tema. Este GT visa debater trabalhos em torno de questões de gênero, corpo e sexualidade notadamente embasados no feminismo, em suas diferentes correntes. Quer-se discutir as formas de mobilização em torno da tentativa de amortecimento das desigualdades e combate à s violências no que se beneficiam da aparente liberdade ocasionada pela internet e a sua capacidade de agregação em todo de uma mesma ideia, além de seus limites e mal-entendidos. Quer-se entender mais sobre o potencial da fotografia, do "textão", blogs femininos e feministas, páginas, grupos e coletivos criados para debater as construções corporais, de gênero e, por que não, de identidades. Poderia a internet ser capaz de ocasionar um novo feminismo? Ou estariam os grupos se apropriando do corpo teórico já produzido pela academia e pelos movimentos sociais? Seria a internet capaz de colocar em pé de igualdade os discursos de atores de diferentes classes, cores e vivências?
Coordenadoras:
Daiany Caroline Santos
Mestre em Antropologia e Arqueologia (UFPI/2013). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Gênero, corpo e Sexualidade, CNPQ/UFPA.
Clarissa de Sousa Carvalho
Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (UFPI/2003). Mestra em Antropologia e Arqueologia (UFPI/2012). Doutoranda em Comunicação Social (PUC/RJ). Professora Assistente da UESPI
Ana Caroline Magalhães Fortes
Advogada militante; Mestra em Educação (UFPI); Pesquisadora nas áreas de Gênero, Sexualidades, Afrodescendência e Feminismos.
GT 03: Uma Lupa sobre a cidade: Celeiro de estudos urbanos
Este grupo de trabalho congrega estudantes e pesquisadores que se debruçam a investigar as formas de sociabilidade, ações, estilos de vida, conflitos etc, dos moradores que de fato experienciam a cidade, em outras palavras, o GT reúne estudos que estão distantes de pensa-la eminentemente ligada ao sistema capitalista, o qual, por sua vez, é entendido como sendo o responsável pelas mudanças estruturais na paisagem citadina, em uma visão de fora e de longe (MAGNANI, 2002) que desprivilegia aqueles que preenchem as vias, praças, logradouros e que criam e recriam a própria cidade. Em suma, o grupo de trabalho acolhe estudos que trazem como enfoque os moradores da cidade em suas articulações com o meio urbano, tal como faz o olhar de perto e de dentro tipicamente empregado pela antropologia urbana (MAGNANI, 2002). Ademais, com o intuito de propor uma perspectiva interdisciplinar, o grupo de trabalho aceita abordagens em diversas áreas do conhecimento que se proponham a mirar uma lupa sobre a cidade. Referências bibliográficas MAGNANI, J. G. C. De Perto e de Dentro: notas para uma etnografia urbana. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17, 2002.
Coordenadores:
John Wedson dos S. S
Bacharel e licenciado em Ciências Sociais/UFPI e mestre em Antropologia (2015) PPGAnt/UFPI. Atualmente é pesquisador no Centro de Referencia Técnica em Psicologia e Politicas Publicas, do Conselho Regional de Psicologia 21° Região;
Geysa Costa
Bacharel em Ciências Sociais/UFPI (2011), bacharel em Direito/UESPI (2012) e mestra em Sociologia/UFPI (2015). Atualmente atende na advocacia popular do Estado
GT 04: Corpo,identidade e gerações
Articulações entre corpo, identidade e gerações mediadas pelo discurso como prática social. O corpo como bandeira identitária em diferentes gerações. Ambiguidades e contradições na relação entre corpo e gerações. Direitos sobre o corpo, polÃticas públicas e movimentos identitários. A ideia de realização do presente Grupo de Trabalho surge da necessidade de se discutir as formas multidisciplinares de abordar o corpo, as polÃticas corporais frente aos modos sociais e culturais, de exercÃcio da sexualidade; da raça, do gênero, da religiosidade - bem como as relações do corpo nas diversas gerações e seus estilos de vida.
Coordenadoras:
Cidianna Melo
Graduada em Enfermagem/FACID. Mestre em Antropologia/UFPI.
Poliana Maton
Graduada em Psicologia/FSA e Mestre em Antropologia/UFPI.
Theresa Jaynna
Graduada em Ciências Sociais. Mestre em Antropologia.
GT 05: Antropologia e Religião: Elementos antropológicos do sagrado
Este grupo de trabalho pretende ser espaço de diálogo, análise e reflexão sobre as diversas percepções e abordagens do sagrado e divino nas variadas manifestações religiosas. Tem como objetivo explorar o contexto sócio histórico e cultural em que as religiões se construÃram no Brasil, não se limitando a reproduzir o passado, mas se desconstruindo e reconstruindo numa interface entre as diversas religiões que compõem a seara de nossa sociedade e que atuam e influenciam na formação do imaginário cultural e religioso do paÃs. Ter um olhar antropológico para as relações humanas – dentre elas a religião – é mergulhar nestas relações como elas se dão nas suas diferenças culturais, históricas, econômicas, polÃticas e psicológicas.
Temas que cercam o universo religioso como, mito, rito, magia e devoção serão contemplados para o debate, sendo o principal objetivo do GT, o de traçar parâmetros para o diálogo inter-religioso a partir de uma discussão antropológica sobre a diversidade cultural, sem perdermos de vista a dimensão constitutiva do ser humano, que é um ser posto no tempo e no espaço e que constrói suas representações do absoluto a partir de suas referencias culturais e históricas. Dessa forma, as diferenças étnico/religiosas no Brasil nos levarão a reflexões tais como: de que forma as narrativas, memórias e os sÃmbolos são construÃdos e interpretados nos ritos e ritualÃsticas das diferentes religiões na sociedade brasileira? Como ocorrem as experiências com o divino, a concepção do sagrado nas diferentes religiões? Como se manifesta a espiritualidade e o sagrado desta sociedade plural? Por conseguinte, o GT analisará os diversos mitos, ritos, rituais e as interpretações simbólicas do sagrado e do divino nas religiões da contemporaneidade.
Coordenadoras:
Ariany Maria Farias de Souza
Licenciada em História - UESPI
Especialista em Estado, Movimentos Sociais e Cultura - UESPI
Mestre em Antropologia - UFPI
Professora do IFPI - Campus Picos
Maria do Amparo Lopes Ribeiro
Enfermeira,Especialista em Vigilância em Saúde e Mestre em Antropologia e Arqueologia
GT 06: Teorias e polÃticas de gênero e de sexualidade
Este GT se inscreve no campo dos debates em curso sobre teorias e polÃticas de gênero e de sexualidade a partir dos estudos pós-estruturalistas que propõem uma revisão dos sistemas de significados dicotômicos e essencialistas em torno dos pares de oposições, como, por exemplo: natureza/cultura, natural/humano, mulheres/homens. A partir de autores como Donna Haraway (2004) é possÃvel questionar esses sistemas binários de oposições, problematizando alegações e conceitos relacionados a sexo e gênero que se pretendem universais e naturais.
Nesse sentido, o diálogo também se estabelece em autores como Judith Butler (2002; 2003), que discutem gênero como inscrição cultural, cujo significado sobre o sexo é compreendido em coerência com uma ordem compulsória (heterossexualização do desejo) elaborada pela sociedade num determinado contexto histórico, situando nessa discussão, conceitos como mulher e homem / feminino e masculino. Nessa perspectiva, importa discutir como se constituem corpos, subjetividades e situações concretas nas quais alguns sujeitos e grupos sociais são incluÃdos e excluÃdos a partir dessas lógicas.
Se, é nesse regime de poder que os corpos são produzidos, controlados e transformados pelas mais diversas formas de captura e de disciplinamento, (FOUCAULT, 1984), o GT se propõe, ainda, a analisar as performances de fronteira como produções de modos de existências rompendo com uma unidade evidente atribuÃda ao sujeito (DELEUZE, 2013). Dessa forma, esse GT propõe abandonar as noções de subjetividades estáticas, fixas e inalteráveis, concebidas como resultado da natureza, adotando o conceito de subjetividades plurais, dialógicas, relacionais, mutantes, nômades, polifônicas, múltiplas.
Coordenadoras:
Kelma Gallas
Graduada em Comunicação Social - Jornalismo (UFPI); Mestre em Antropologia e Arqueologia (UFPI), é Professora da Faculdade Santo Agostinho- FSA.
Pâmela Laurentina Reis
Mestra em Antropologia (UFPI); Professora da Faculdade Internacional do Delta (PHB); Pesquisadora e militante nas áreas de Gênero, Sexualidade e Violências.
Igor Drey
Mestrando em Antropolog
ia/UFPI, graduado em História/UESPI.
GT 07: Interfaces entre antropologia e psicologia: Diálogos e pespectivas
A interface entre a antropologia e a psicologia remete a uma certa tradição que vem sendo paulatinamente construÃda dentro do Programa de Pós Graduação em Antropologia - PPGAnt/UFPI, visto a existência contÃnua de profissionais da psicologia investigando temas relacionados as linhas de pesquisa ofertadas pelo PPGAnt. Nesse processo, se revela o encontro entre os objetos, métodos e conceitos tipicamente empregados por cada campo do conhecimento em menção. Este GT é fruto de uma parceria entre o PPGAnt e, o Conselho Regional de Psicologia 21° Região e, se propõe a trazer uma reflexão em torno das inúmeras interfaces entre a antropologia e a psicologia, apresentando os mais diversos pesquisadores, dando margem, assim, aos mais variados diálogos, objetivando com essa inciativa mirar uma lupa sobre o cenário da pesquisa em psicologia a partir da perspectiva em antropologia e trazer a lume um mapeamento desse cenário. O objetivo do grupo de trabalho é aproximar as duas áreas e congregar estudos em cada campo dos conhecimentos supracitados respondendo sobre a interface entre a Antropologia e a Psicologia em diálogo e perspectivas.
Coordenadoras:
PatrÃcia Carvalho Moreira
Bacharel e licenciada em psicologia (FACIME); mestra em antropologia e Arqueologia (PPGAnt/UFPI,).; Conselheira do Conselho Regional de Psicologia 21ª Região e é professora no Centro de Ciências da Saúde (FACIME/UESPI/CENSUPEG);
ValquÃria Pereira da Cunha
Bacharel em psicologia (UEPB), especialista em Administração da Saúde e Psicologia (UEPB).Mestranda em Saúde Biomédica (UNIVAP). É psicóloga do Instituto de doenças Tropicais do Instituto Natan Portela de Teresina-PI.
GT 08: Corpo, investimento corpóreo e subjetividade
A constituição do sujeito demanda inserção e participação nos processos culturais, por meio da interação com seus pares e com a natureza em diversos contextos. Partindo da concepção de embodiment (CSORDAS: 1990), temos o corpo como sujeito ou base existencial da cultura, meio de apresentação e reconhecimento de si e dos outros, fronteira de individuação que se constitui e vincula-se aos demais membros da comunidade. É, portanto, dotado de agência e rico em simbologias, num infindável processo de subjetivação. Assumindo o papel de um atrativo do sujeito, esse corpo encontra-se sob investimento constante, por meio do consumo de serviços e bens valorativos e simbólicos que agem como marcadores identitários.
A partir da ideia apresentada, o objetivo desse Grupo de Trabalho é apresentar e discutir pesquisas relacionadas à temática das corporeidades e das subjetividades. Por meio da sua problematização poderão ser compartilhadas ideias sobre a intervenção, investimento e compreensão sobre o corpo. Saúde, estética, moda, reconstruções (body modification e body building), arte, imagem, mÃdia e novas tecnologias, relações construÃdas, entre outras abordagens afins permitirão uma ampla discussão e novas construções acerca deste objeto de estudo: o corpo enquanto capital hipervalorizado, midiatizado, carregado de simbologias e valores na sociedade de consumo contemporânea.
Coordenadores:
Augusto Dantas Júnior
Bacharel em psicologia e psicólogo clÃnico (FSA);Técnico do serviço social (PMT);Mestre em Antropologia e Arqueologia (UFPI);Pesquisador de moda e cultura (ABEPEM)
Joana Campos Rocha
Bacharel em Ciências Sociais (UFPI)
Mestre em Antropologia e Arqueologia (UFPI)Professora da UESPI (SRN)Membro do Grupo de Pesquisa em Sexualidade, Corpo e Gênero (CNPQ/UFPA)